São apenas dias;
apenas quilômetros; mas parece-me um abismo infinito, você, no chão que nunca
encontro, e eu, caindo.
Acho que um profundo
grito irrompe por entre meus lábios, e o som parece poder rasgar minha garganta
e ensurdecer-me, mas o som existe somente para mim.
Sinto falta de tudo em você; os sorrisos -os vários e o que
eu mais adoro, aquele que dá ao me ver-; os olhos -cheios de significados
ocultos que enxergo ao me afogar no castanho deles-; a voz -aveludada e
gostosa, parecendo-me o coro de anjos-; seu cheiro -uma junção do seu próprio
aroma com sabonete, desodorante e perfume, que incrivelmente, tornam-se uma
mistura perfeita-; sinto falta do seu toque -de fogo, que arranca-me suspiros e
arrepios, doces e quentes-; seus beijos -na boca, pescoço, bochecha e todo o trajeto
que sempre percorre por mim-; sinto falta das tardes com você entre risos e
palavras melosas; falta do calor que só seu corpo é capaz de passar ao meu;
Estou com saudade desse rosto lindo; das brigas, até! -mas as que terminamos
bem, não aquelas que machucam-; também tenho saudade de sua comida; do seu
caminhar tão seguro de si; de vê-lo malhando; de suas mensagens -as poucas que
me manda e que sempre arrancam-me sorrisos de canto a canto-; Enfim, estou com
saudade do nosso amor; com saudade de nós;
Enfim, estou com saudade de você.
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