terça-feira, outubro 09, 2012

Sr e Sra. [...]




  
  E, sabe? Poderíamos nos casar! Oh, sim! De véu, grinalda e rosas vermelhas. 
  E daí, compraríamos nosso primeiro apartamento. Primeiro, porque haveriam outras moradias, tipo, depois que viessem os filhos, entende? Maior o lucro familiar, maior o número de habitantes, maior a habitação.
  Eu me deitaria sorridente ao seu lado, todas, todas as noites em que estivéssemos juntos, lhe daria um beijo estalado na bochecha, e, ao invés de virarmos cada um para um lado, nos embaralhamos em amor; pela manhã haveria uma breve discussão -talvez- sobre mudarmos ou não a cor das paredes e depois o café com guloseimas seria repleto de risadas e palavras doces; também iríamos à bares, e à shoppings, e à cinemas, e à casa de amigos -aquelas amizades que construímos juntos-; Em um dia, especial ou não, você me surpreenderia com um presente, comprado, caro, ou não; passaríamos horas e horas batendo papo, contando o que fizemos durante o tempo em que passamos longe um do outro; Você faria as compras do mês, e então, nosso armário estaria cheio de porcarias, bem o tipo de comida que me satisfaz, e a geladeira estaria repleta de coca-cola e guaraná e comida congelada; a cama? bom, eu, com certeza, não a arrumaria todos os dias, talvez contratemos alguém para cuidar do lar enquanto trabalhamos e/ou nos divertimos por aí; então, numa noite de céu bonito, eu escolheria uma bom restaurante, para fugirmos da rotina em grande estilo, e nos deliciaríamos à luz baixa, vinho e beijos, ah sim!, deliciosos beijos que tiram do chão; e por fim... eu me deitaria sorridente ao seu lado, [...] lhe daria um beijo estalado na bochecha, e, ao invés de virarmos cada um para um lado, nos embaralhamos em amor.

terça-feira, outubro 02, 2012

Há!..., claro, antes de conhecê-lo





  Há! E eu que me achava boa em desvendar pessoas. Isso, claro, antes de conhecê-lo. Oh, sim! Gosto dessa coisa que você tem de saber demais a meu respeito.
Veja só! Estava muito certo: dei um jeito de descascar o vermelho fogo bem no dia seguinte; e, ainda que nem precise ser muito esperto para descobrir isso, me dissera exatamente o que eu queria: -"Você não é a garota mais bonita, sexy ou sequer atraente do mundo. Nem de longe." Eu sei, eu sei. Parece meio estúpido gostar de ouvir algo assim, mas ouvir algo assim significa, no fundo, ouvir: "Estou com você porque a amo." Tive de sorrir com o pensamento de última frase. O meu sorriso sincero -aquele simpático e sonhador, de erguer de lábios tranquilo-;-; e, obviamente, também tinha razão sobre eu ter um dom incrível de fazer todos me odiarem, até mesmo quando são todos loucos por mim!
  Há! Deixe-me contar um segredo? Tem me feito despencar! Isso aí! Cair. Estou caindo. Mas dessa vez, não de cabeça. Talvez meio deitada, ou inclinada apenas, ou mesmo de pé! Mas não, não de cabeça! Bom, enfim, estou caindo deliciosamente nessa sensação que desperta em meu estômago -borboletas voando para lá e cá, de todas as cores, e umas bem grandes, por sinal-; ah!, e meu pobre coração sofredor? Meu bem! Será que faz ideia do quão poderoso são seus beijos? A cada novo toque de lábios por qualquer parte de minha pele, um novo pedacinho do meu Tum-tum, Tum-tum, Tum-tum se refaz. Na verdade, tudo o que tem curado com seus beijos, acho sinceramente, que tenta devastar com os sorrisos, -porque, de boa, todas as vezes que vejo o branco de seus dentes acredito que serei vítima de uma parada cardíaca-; hm... já falei sobre como anda minha cabeça? Em constante sonhos. Um mundo inteiro de fantasias. E em todos os contos há um eu e você, e em todos os contos há um nós. Pois é. Vivo agora em queda infinita; um abismo prazeroso pelo qual desabar.
  Há! E eu que me achava feliz. Isso, claro, antes de conhecê-lo.
  Há! E eu que me achava apaixonada. Isso, claro, antes de conhecê-lo.
  Há! Meu amor, deixe-me então dizer o que quer ouvir: "A melhor das melhores coisas nesse meu mundinho trouxa... não foi nada antes de conhecê-lo.".  

sábado, setembro 22, 2012

A Garota do inseparável salto alto





  E então, a Garota do inseparável salto alto, batom cintilante e echarpe vermelho, subiu o primeiro degrau para o paraíso.
  Bom... Retirando a ultima palavra citada na frase anterior... Na verdade, ela caiu direto para o inferno, nos braços daquele sujeitinho de sorriso malicioso -aliás!, bem nos braços de seu amado cara da pele branca e olhar profundo; caiu bem de cabeça na porcaria do amor-.
  Os grandes olhos de cílios longos e pesados fitaram outros tão belos quanto -cheios de saudade, desejo, paixão e todos os sentimentos do gênero; aqueles outros tão belos olhos dos quais ela jamais se esqueceria; chocolate e mel ou noite de céu estrelado, não era mesmo essa descrição que lhes fazia? Oh, sim! Quanta admiração! Oh, sim! Quanta bobagem clichê também!-. Estava de longe, com aquele erguer de lábios -ao mesmo que tímido, dizendo: "veja como sou a melhor"- que há tanto -puxa!- há tanto tempo não se deixava mostrar; e mesmo de longe, claro que perceberia a piscadela de seu adorável "Objeto" em retribuição.
  E então, a Garota do Carmen Steffens coral 36, sombra Mac e Tomara Que Caia preto, terminou a escadaria com toda aquela reviravolta de novo em si. Sabe? É o tipo de coisa que se lê nos livros de Meg Cabot. As borboletas resolveram acordar em seu estômago vazio -e toda aquela dança a deixava lisonjeadamente enjoada-; o coração lhe parecia pular três batidas -cada uma mais descompassada que a outra, e, a certo ponto, seu nervosismo fora tão grande que a pobrezinha chegara a acusar -em voz alta!- de seu "Tum Tum, Tum Tum, Tum Tum", estar tentando levá-la a uma parada cardíaca-; e a mente? Bom, -Ha! Ha!- estava subindo às alturas, com pensamentos cada vez mais loucos e, sinceramente, bem prováveis de se concretizarem -o tipo de coisa que levava os romancistas do século XIX a escreverem seus textos tão idealizados; o tipo de coisa que jamais aconteceria com pessoas comuns e que incrivelmente tinham o prazer de alucinar a divertida e problemática e sempre apaixonada... enfim... não citemos nomes, okey?!-
  Pois é! Para muito desespero, o amor estava no ar -bem como o aroma inconfundível dele-; e para um desespero ainda maior, não lhe era a única a amar; não lhe era nem um pouco platônico.
  E então, a Garota do inseparável salto alto, batom cintilante e echarpe vermelho, estava -novamente- incontrastável e maravilhosamente apaixonada.   

quinta-feira, setembro 20, 2012

Não! Eu não tenho um namorado!





  "Não ando curtindo essa coisa de oficializar termos. 
   Se estou em um relacionamento? Ah sim! De fato, em muitos. Tenho vários relacionamentos ao longo do dia -homens, mulheres, mais jovens, mais velhos, tem os bem bonitos, os nem tão e os bem bobos e os bem cheirosos e os bem implicantes-; Agora, se a pergunta é: "Você tem namorado?", bom, a resposta muda de figura. Não! Eu não tenho um namorado!
Tenho algo muito, com certeza, muito melhor. E não sou casada também, se pensou...!

  Tenho um companheiro.
  Um companheiro de tarde e levar até em casa no início de noite; um companheiro que alugo por horas no telefone desde às 6 da manhã, poucos intervalos ao longo e até às 10 e meia da noite, quando costumo ir dormir; um companheiro de risada e muitas, muitas reclamações, lamúrias e algumas lágrimas -até!-; também bom companheiro de brigas!, e deliciosos beijos e abraços e mordidas e carinhos; companheiro de confidências, de aperto no peito e conselhos; companheiro de paixão, calor e pele.
Oh! Um ótimo companheiro! Mas namorado? Não! Eu não tenho um namorado!
Namorado é coisa séria. Coisa de família, aliança e promessa. E não ando curtindo essa coisa de oficializar termos; não até a segunda vírgula ao menos; não até qualquer dia.
  Não até ser amor, além de só sentir amor."

quinta-feira, agosto 23, 2012

I Promise




  E então? Onde estão todos aqueles que disseram ficar sempre com você -independente de qualquer circunstância-?
  Dói saber que as coisas mudaram; saber que você foi deixada para trás, como algo sem importância; saber que fora tratada como aquele brinquedo, que uma criança enjoa de brincar.

  É necessário ser sempre desse jeito? Seria regra termos data de validade na vida das pessoas? Parece que sim -e cada vez mais curtas, pelo visto-. Hoje, nos amam, nos fazem promessas e, daqui uma semana, nos ignoram, nos tratam com indiferença. Lógico, eu sei, eu sei! Eles passam por lugares novos, conhecem pessoas novas. Precisam disso; precisam respirar novos ares. Aliás! Eu também preciso, também faço o mesmo, mas não é por esse motivo que abandono e afasto aqueles que me acompanharam durante tempos; não é por isso que fujo de minha palavra: “prometo estar ao seu lado!”.
  Pois é, seria tão mais fácil se as pessoas viessem com um selo onde estivesse escrito suas durabilidades, estaríamos prevenidos. Porém, talvez seja mais uma das lições da vida -uma bem importante por sinal-: aprender a lidar com as idas e vindas; com os apegos e desapegos.



Por Daniella Meirelles

quinta-feira, agosto 09, 2012

Refaço-nos






  As coisas tornaram-se turvas a minha volta, algo como uma neblina densa e branca impedia-me de ver perfeitamente as imagens que passavam voando por mim; imagens, que algumas reconheci como meu passado. -Aquela festa cheia de risadas e pisca-pisca, meu primeiro beijo, o dia em que conhecera uma amiga que costumava chamar de irmã, natal com a família na cidade maravilhosa- e em questão de segundos, voltara anos e anos atrás.
  Meus pés não alcançavam o chão de ardósia da antiga casa de minha tia. O sofá macio, onde estava assentada, cheirava a novo, aliás, tudo ali parecia muito novo, inclusive eu.
Fecho e reabro os olhos para os rostos que muito conheço e aqueles que vira apenas uma ou duas vezes, o barulho de palmas e todas as vozes juntas cantando Parabéns fazendo-me relembrar o porque de estar aqui; tenho de achá-lo.
  Claro, no lugar mais óbvio, escondido em um dos quartos, se entupindo de salgadinhos. Pela porta entre-aberta, o espio, sendo obrigada a soltar um risinho quando fica atrapalhado ao me ver observando.   Escorrego até sua frente, ajoelhando-me com as mãos miúdas sobre as pernas. Trocamos um olhar durante longo minuto, e ele não me parece apenas um garotinho comilão e bobo -na verdade, recorda-me muito o cara de 17 anos por quem me apaixonei, principalmente no modo como me sorri: aquele mesmo sorriso de canto, tão sincero e glorioso, que acho capaz de roubar o brilho do sol-. Estou então novamente entregue ao seu calor, afogando mais uma vez na imensidão castanha graciosa de seus olhos. Toco meu dedo indicador em sua bochecha, afastando o prato que nos separa e aproximando-nos ainda mais, finalmente perto o bastante para lhe beijar a bochecha, respirar fundo e sussurrar um doce "eu te amo", antes de sumir.
  Vejo novamente os anos pulando, rapidamente refaço-os. Recuso o primeiro beijo daquele cara e todos os outros; recuso as promessas impossíveis, os toques quentes, as festas, os erros; recuso tudo que não valha a pena, tudo que possa levar-me pra longe dele.
  Fogos de artifício decoram o céu e dou as boas-vindas a 2012.
Janeiro. Fevereiro. Março.
  Conheci-o, -aliás, reencontrei-  numa tarde quente qualquer, -com aquele mesmo portão e a mesma antiga amiga parada entre nós-, perdemos-nos novamente no mesmo olhar, -no fundo, nos achamos-.
Então passou. Os dias, semanas e meses. Primeiro o encontrei numa dessas redes sociais, e trocamos e-mails, histórias, links, gostos e sorrisos pela web. Depois, o encontrei numa dessas tardes, e rolou aquele fogo, aquela atração inexplicável levando-me a beijá-lo -dessa vez, acertando ao não levantar a cabeça-; e depois de todos os amassos, rolou aquela profunda respiração sufocada, quando se deu conta de quem eu era; e rolou outros beijos, outros olhares, outros risos; e rolou amor.  

Imagine





  Lá em cima, de frente para a enorme escultura, o vento parecia poder levar-me, carregar-me, deixando uma mistura de medo e conforto em meu peito; Pessoas e mais pessoas, de todos os lugares prováveis do Brasil e alguns do mundo cercam-me, em movimentos lentos e apressados, entre risos e reclamações; então em outro instante -no breve minuto em que fechara os olhos e respirara profundamente, acolhendo a sensação deliciosa do ar rarefeito,- éramos apenas eu e ele; eu e seus braços, e seus olhares, e seu calor, e seu toque e sorrisos -no plural, porque tem vários: um quando está chateado e tenta parecer bem, um quando é cínico, um quando está admirado com algo;
o galante, o malicioso, o sincero, simpático, divertido e um quando encontra minha alma afogada em lágrimas-.
  Poderia imaginar-nos rodopiando sem música por toda a grandiosa plataforma envolta o Cristo. Beijos de amor e fogo, suspiros quentes sob a neblina ffria, e estamos tão conectados; numa perfeita harmonia, sintonia; em perfeito e intenso companheirismo.
  Um leve sorriso de canto brota em meus lábios, -segundos depois abrindo-se num de dentes, o que dou sempre ao notar sua presença-; a imagem desfaz-se então quando volto a abrir os olhos e encarar o céu, -onde de um lado é iluminado pelo sol e ao contrário, decorado por um pedaço semi-transparente da lua-;     Novamente cerco-me de gente estranha e que mal me vê, e que, -com certeza-, não exerga-me como você.   Novamente cerco-me de vários perfumes e cores, mas ainda com toda loucura claustofóbica ao redor, mantem-se a gloriosa sensação de termo-nos no sabor um do outro; ligação tão forte esta que une-nos, que nem a distância de milhares de km consegue apagar-te de mim. O tempo inteiro sinto-o; como se o tempo inteiro se mantivesse aqui.   

sábado, agosto 04, 2012

Possível amor




  Conheci você em uma tarde (de)... -não recordo-me a estação, mas estava quente- qualquer; e pareceu-me apenas um cara qualquer, dizendo um oi qualquer, com um sorriso qualquer; Sem saber de muita coisa, trocamos um olhar -não rápido demais, nem porém tão longo-, sem perceber naquele tempo, mas fora ali, -com um portão e uma antiga amiga parada entre nós-, em que eu me perdera, fora ali, onde eu afogara minha alma -bem no castanho quente e infinito de seus olhos-.
  Passou. Apenas os dias, semanas, porque todo você permanecera travado em minha mente -a pele morena bonita, a boca bem desenhada, a voz -aveludada, parecendo o coro de anjos-, o cabelo escuro -que hoje sei na verdade terem uma mistura natural de vermelho e dourado-.
  Então o encontrei numa dessas redes sociais e trocamos conversas, e links, e amigos, e histórias. Numa das mensagens você dissera-me parecer conhecê-lo mais que si próprio, e em tão pouco tempo, eu sorrira e respondera ser boa em desvendar as pessoas -mas hoje sei que boa mesmo sou em decifrá-lo-. Também dissera-me nunca se apaixonar, nunca se prender -confesso ficar triste, porque em algum lugar escondido de minha consciência, enxerguei um possível amor-.
  Passou. Apenas mais dias, mais semanas. Não nos falávamos tanto quanto, cada um seguira bocas e corpos diferentes, e quando retornamo-nos, teve aquela briga -confesso ficar triste, sem notar, apaixonara-me pelo seu papo e sua sinceridade, pelos palavrões que em seus lábios tornavam-se piada também-. Houve então em meio a música alta e nada romântica troca de beijos ainda menos românticos -sem perceber, mas fora naquela noite em que nos perdemos, em que afogamo-nos um no outro-.
  Novamente passou. Apenas mais dias, mais semanas e meses. Traçamos planos lado a lado, conhecemo-nos de verdade, admitimos o sentimento, erramos, nos magoamos, nos perdemos e reencontramos; os beijos que antes eram apenas quentes, agora tornaram-se doces; os olhares devastadores ainda existem, mas estão sempre cercados de carinho; os toques discretos ficaram mais urgentes ao ponto em que ganhamos intimidade; hoje conheço seu cheiro -a junção de seu próprio aroma, perfume, desodorante e sabonete, formando, incrivelmente, uma mistura perfeita e deliciosa-; também perdi a ideia de príncipe e agora igualo-o a um lobo -feroz, arrogante e sagaz- e também pela brincadeira que sua adorável mãe faz quando fica bravo repentinamente; hoje conhece meus contos -não de fadas, parecem mais terror-, e conhece meus hábitos e defeitos, e aceita -isso me deixa feliz-; hoje entendo seus gostos e sabores; hoje sei o que posso ou não dizer; hoje te desenho vários sorrisos; hoje desvendo o lado que nunca se deixara mostrar; hoje sonho com um futuro com você;
Hoje, refaço a visão de um possível amor.  



Falta de você




  São apenas dias; apenas quilômetros; mas parece-me um abismo infinito, você, no chão que nunca encontro, e eu, caindo.
  Acho que um profundo grito irrompe por entre meus lábios, e o som parece poder rasgar minha garganta e ensurdecer-me, mas o som existe somente para mim.
   Abro os olhos e estou envolta pelo meu edredom e de volta ao meu quarto; um vazio assustador pairando onde antes nos amávamos. Tenho sentido um frio no peito, todas as noites ao deitar-me para dormir, porque sinto sua falta.
Sinto falta de tudo em você; os sorrisos -os vários e o que eu mais adoro, aquele que dá ao me ver-; os olhos -cheios de significados ocultos que enxergo ao me afogar no castanho deles-; a voz -aveludada e gostosa, parecendo-me o coro de anjos-; seu cheiro -uma junção do seu próprio aroma com sabonete, desodorante e perfume, que incrivelmente, tornam-se uma mistura perfeita-; sinto falta do seu toque -de fogo, que arranca-me suspiros e arrepios, doces e quentes-; seus beijos -na boca, pescoço, bochecha e todo o trajeto que sempre percorre por mim-; sinto falta das tardes com você entre risos e palavras melosas; falta do calor que só seu corpo é capaz de passar ao meu; Estou com saudade desse rosto lindo; das brigas, até! -mas as que terminamos bem, não aquelas que machucam-; também tenho saudade de sua comida; do seu caminhar tão seguro de si; de vê-lo malhando; de suas mensagens -as poucas que me manda e que sempre arrancam-me sorrisos de canto a canto-; Enfim, estou com saudade do nosso amor; com saudade de nós;
Enfim, estou com saudade de você.        


sexta-feira, agosto 03, 2012

I want all of you





Sabe o que eu quero? Eu quero tudo de você!

  Quero o sorriso mais lindo -o sincero, aquele que chega aos olhos e parece poder apagar o brilho do sol, tamanha sua gloriosidade-; quero o abraço mais gostoso e apertado -aquele capaz de me deixar sem ar, o qual demonstra que não quer me soltar, me deixar livre para partir-; quero a risada mais boba -na verdade, sua deliciosa gargalhada, alta e extravagante, e que ocorra por conta de algo que eu tenha dito-; quero palavras melosas -que aparentam ter sido copiadas daqueles filmes de romance que você nunca assiste-; quero o beijo mais quente, apaixonado e profundo -um que possa levar-me às nuvens-; quero o toque mais discreto de sua mão na minha -nossos dedos se entrelaçando como costumamos fazer com a língua, um encaixe perfeito-; quero o mais discreto sinal do que sente -e que, por mais discreto que seja, esteja estampado em meio ao som de sua voz-;
Eu quero tudo de você!

  Quero as promessas que prometemos não fazer -sabe? As impossíveis de se cumprir, apenas por gostar de como você as faz aparentar possível-; quero as brigas feias -com todos os gritos, palavrões e o que mais tiver direito, e depois, a melhor reconciliação do mundo, em meio aos lençóis de amor e prazer-; quero os elogios mais falsos -só porque sabe que me fará sorrir e depois reclamar pela mentira mal contada-; quero que cante-me uma música -a nossa, de preferência, aliás, as nossas, porque a cada novo dia encontramos uma para descrever nosso relacionamento-; quero que me negue um beijo -é extremamente excitante e divertido ter de roubá-lo de você-; quero que estampe seu ciúmes -faça cara feia para algum cara que me olha na rua ou um amigo indesejado que eu possa ter, só para depois negar-me qualquer sentimento como tal-; quero mensagens -de manhã, assim que acordar, com um 'bom dia' bem humorado e feliz, e um enquanto estou na escola, e à tarde, quando sentir falta da minha companhia, e um no meio da madrugada, enquanto eu estiver dormindo e você curtindo uma farra com seus amigos-; quero que deixe-me liberta para fazer cócegas no seu ponto fraco -e ao invés de reclamar comigo, ria-;
Eu quero tudo de você!

  Quero seus olhos -olhos comuns, de tom castanho, e os mais belos que já vira, não pela cor ou desenho, mas pela essência escondida no fundos deles- mirando os meus e enxergando assim como o faço, a sinceridade e intensidade da minha alma; quero surpresas -desde uma rosa em uma data qualquer até uma parada repentina, enquanto andamos pela rua, para um selar de lábios-; quero que cozinhe para mim -o meu almoço preferido: bife à milanesa de frango, bata frita, arroz e feijão, pode zombar, mas não diga o que sempre diz: só não engorde. Por favor, não me diga isso-; quero que dancemos na chuva -ou se não houver água no meio, uma dança sem música, apenas ao som de nossos pés e corações-; quero que se demonstre à fim de conhecer minha família e conquistá-la -pai, mãe, avó, tias e todo o pessoal sangue a sangue comigo-; quero que se lembre das datas importantes -tente dize-las antes que eu o faça, arrancará-me um sorriso de canto a canto, se conseguir-; quero que faça de mim a garota mais sortuda e alegre do mundo -ao menos, que diga-me que tem essa intenção-; quero que aponte meus defeitos -não com um olhar crítico, mas como quem me auxilia a melhorar-; quero que melhore os seus defeitos; quero mais brincadeiras e discontração; quero menos discussões e assuntos chatos que não nos leva a lugar bom algum; quero mais conto de fada que vida real; quero que faça minhas vontades e cobre-me de fazer as suas; quero muito mais ligações, assobios ao portão e “eu te amo”.

  Sabe o que eu quero? Eu quero tudo de você!

sexta-feira, março 02, 2012

Cresci!





  Não sou mais uma criança. Não me iludo facilmente.
Um brinquedo já não me faz parar de chorar, muito menos uma bala. Coisas bobas não me farão esquecer as mágoas, nem as frustrações... Talvez um abraço consiga, uma palavra consoladora, atitudes recíprocas. Mas, por favor, abraços, palavras, atitudes maduras e sinceras.
  Eu cresci, será que não percebeu? Sua imaturidade e egoísmo não me levarão a nada, nem me levaram. E hoje, eu percebo isso. Suas atitudes magoaram, por mais que eu saiba que não as tenha feito de propósito.     Mas entenda: não posso viver com cada atitude inocente que as pessoas dizem “não” fazer por mal e, no fim, isso me incomoda; destrói.

  Desencontro-me!
  E estou vendo o quanto é difícil seguir agora. Mas eu preciso te agradecer, agradecer por me fazer enxergar que preciso cuidar de mim e não de alguém, que o tempo já mostrou que não mudará com facilidade. Pode ser que, um dia, nos encontremos. E você tenha se encontrado, como eu comecei a fazer.



Por Daniella Meirelles

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Convite errado




  Seu coração estava tão fechado, tão bem vazio. Seu foco tão centrado...
E por algum motivo, alguém fez você acreditar que o mundo pudesse ser diferente, que os relacionamentos pudessem ser diferentes. Você resolve então, dar uma oportunidade a si mesma e a ele. Não por ele ter feito você acreditar em contos de fadas, em que ele fosse o príncipe, mas por ter lhe feito sentir segura e proporcionado bons momentos.
  Acontece que realmente, ele não era um príncipe e nunca será. É muito menos que tal consideração. Talvez alguém que nem merecia ter ganho seu abraço, sorriso ou um convite vip para entrar de vez em sua vida e seus pensamentos. Agora, graças a isso, ele está sentado em um camarote assistindo com alegria a decepção que causou a você, bebendo de sua tristeza e se embriagando com as lágrimas derramadas em seu rosto. E mais uma vez em sua trajetória, terá que suportar.
  Irônico você ter noção de que poucos são os que merecem sua dedicação e, mesmo assim, ter se entregue, se dedicado a situação. Mas que culpa tem se foi ele quem encenou de maneira perfeita? Que culpa tem de não ter uma bola de cristal, onde ela te mostre quando e como vai se decepcionar e magoar com alguém ou com alguma coisa?
  O que me resta-te dizer é que a vida é desse jeito mesmo: com altos e baixos e, as vezes, com alguns canalhas vestidos como cavalheiros.

Por Daniella Meirelles