E então, a Garota do inseparável salto alto, batom
cintilante e echarpe vermelho, subiu o primeiro degrau para o paraíso.
Bom... Retirando a
ultima palavra citada na frase anterior... Na verdade, ela caiu direto para o
inferno, nos braços daquele sujeitinho de sorriso malicioso -aliás!, bem nos
braços de seu amado cara da pele branca e olhar profundo; caiu bem de cabeça na
porcaria do amor-.
Os grandes olhos de
cílios longos e pesados fitaram outros tão belos quanto -cheios de saudade,
desejo, paixão e todos os sentimentos do gênero; aqueles outros tão belos olhos
dos quais ela jamais se esqueceria; chocolate e mel ou noite de céu estrelado,
não era mesmo essa descrição que lhes fazia? Oh, sim! Quanta admiração! Oh,
sim! Quanta bobagem clichê também!-. Estava de longe, com aquele erguer de
lábios -ao mesmo que tímido, dizendo: "veja como sou a melhor"- que
há tanto -puxa!- há tanto tempo não se deixava mostrar; e mesmo de longe, claro
que perceberia a piscadela de seu adorável "Objeto" em retribuição.
E então, a Garota do Carmen Steffens coral 36,
sombra Mac e Tomara Que Caia preto, terminou a escadaria com toda aquela
reviravolta de novo em si.
Sabe ? É o tipo de coisa que se lê nos livros de Meg Cabot. As
borboletas resolveram acordar em seu estômago vazio -e toda aquela dança a
deixava lisonjeadamente enjoada-; o coração lhe parecia pular três batidas
-cada uma mais descompassada que a outra, e, a certo ponto, seu nervosismo fora
tão grande que a pobrezinha chegara a acusar -em voz alta!- de seu "Tum
Tum, Tum Tum, Tum Tum", estar tentando levá-la a uma parada cardíaca-; e a
mente? Bom, -Ha! Ha!- estava subindo às alturas, com pensamentos cada vez mais
loucos e, sinceramente, bem prováveis de se concretizarem -o tipo de coisa que
levava os romancistas do século XIX a escreverem seus textos tão idealizados; o
tipo de coisa que jamais aconteceria com pessoas comuns e que incrivelmente
tinham o prazer de alucinar a divertida e problemática e sempre apaixonada...
enfim... não citemos nomes, okey?!-
Pois é! Para muito
desespero, o amor estava no ar -bem como o aroma inconfundível dele-; e para um
desespero ainda maior, não lhe era a única a amar; não lhe era nem um pouco
platônico.
E então, a Garota do
inseparável salto alto, batom cintilante e echarpe vermelho, estava -novamente-
incontrastável e maravilhosamente apaixonada.
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